terça-feira, 14 de julho de 2009

Situação de catadores leva Ripposati a buscar saídas

Foto Divulgação
Ripposati quer solução para garantir aos catadores sobrevivência digna, pelo menos até diminuir a crise que assola a atividade 
 
A crise financeira mundial atingiu grandes indústrias, empresas e uma das áreas mais afetadas é a que trabalha com materiais recicláveis. O vereador João Gilberto Ripposati (PSDB), mesmo com a Câmara Municipal em recesso, continua buscando meios de valorizar os catadores que passam por momento extremamente difícil e merecem um tratamento diferenciado por parte da administração municipal. Ripposati explica que esses profissionais prestam um serviço de grande importância à Prefeitura de Uberaba, sem nada cobrar por isso. Não é insignificante o número de catadores que vêm separando o lixo úmido do seco, ajudando a cidade a ficar mais limpa e retirando do meio ambiente produtos que demorariam séculos para se desfazer.


O parlamentar tucano tem se reunido com os trabalhadores e a cada vez fica mais preocupado com a situação. "Temos de fazer alguma coisa por eles, pelo menos até passar esta fase", frisa. Ripposati entende que se a PMU disponibilizar pelo menos um vale-cidadão para cada catador já estará retribuindo à dedicação deles, valorizando-os e tendo a sensibilidade de absorver que essas pessoas não são desocupadas, apenas tiveram seus ganhos reduzidos de maneira drástica.


O vereador observa que há pais de família que, antes da crise, tinham renda de aproximadamente R$ 1000 na atividade, e com a queda nos preços do quilo de papel, papelão, plástico, metal, alumínio e outros recicláveis, não chegam a receber R$ 200 mês. Com a queda do preço dos materiais para patamares irrisórios, muitos deles reduziram o ritmo de coleta, outros estão com os carrinhos parados e já pensam em procurar outro trabalho. "Não é bom para Uberaba que esses catadores migrem para outras atividades. O serviço que eles prestam tem importância ímpar para o meio ambiente", alerta.
Para se ter uma idéia do quadro enfrentado pelos catadores, o papelão, que no mesmo período de 2008, valia R$ 0,40, hoje sai entre R$ 0,03 a R$ 0,05. Os catadores afirmam que estão tendo de trabalhar mais de 12 horas por dia para ganhar pelo menos metade do que ganhavam antes da crise.


Ripposati defende ser fundamental o estabelecimento de políticas públicas nas três esferas como instrumento capaz de dar dignidade a quem vive da reciclagem. Para ele, é preciso mais do que mostrar à sociedade a importância do catador para a comunidade, para o desenvolvimento da reciclagem, para o meio ambiente e para a geração de renda das várias famílias que sobrevivem desse trabalho. "Até que essas políticas estejam em vigor, é preciso que nós do Legislativo e o Executivo encontremos um meio para que eles sobrevivam com dignidade", finaliza.
 
Rose Dutra
Assessoria de Comunicação

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