sábado, 24 de setembro de 2011

Arquiteto Guinter Parschalk profere palestra na Uniube

Guinter Parschalk - Neuza das Graças/Divulgação

Parschalk é um dos nomes mais reconhecidos no segmento de iluminação no Brasil e pode ser chamado de lighting designer, designer, arquiteto ou artista plástico

Arquiteto brasileiro Guinter Parschalk integrou o seleto grupo de palestrantes convidados para a Semana de Seminários dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores da Universidade de Uberaba (Uniube). 

Parschalk, que pode ser chamado de lighting designer, designer, arquiteto ou artista plástico, discorreu sobre Design – Desempenho de Forma e Função, em que expôs, também, seu profundo conhecimento do mundo da  luminotécnica. 

Ele falou sobre como a iluminação dos ambientes é indispensável na realização de projetos arquitetônicos que valorizam os princípios de sustentabilidade. 

Arquiteto formado em 1978 pela Universidade Brás Cubas e com pós-graduação em Desenho Industrial na Hochschule für Künstlerische und Industrielle Gestaltung, em Linz, Áustria, Parschalk atuou como designer na Siemens e na Schlagheck & Schultes Design, em Munique, Alemanha. Mantém, desde 1998, uma parceria com o laboratório austríaco Bartenbach Lichtlabor, referência internacional na área de iluminação natural, iluminação elétrica e psicologia da visão.

Há mais de 15 anos, dedica-se a desenhar luminárias e fazer projetos de iluminação. No que diz respeito à luminotécnica, Parschalk ressalta que o resultado do aproveitamento da luz natural deve ser uma equação de quanta luz é ideal para o exercício de determinada atividade num ambiente. "Excesso de luz é tão prejudicial quanto sua ausência", observa. Comenta ser necessário que se faça uma distinção entre o que é luminária decorativa e o que é luminária técnica. Cada uma tem sua função e um equipamento bem projetado é fundamental para que os lighting designers possam trabalhar bem.

O mote da vida dele é a percepção visual. A luminotécnica foi uma circunstância, que aconteceu há 15 anos, quando ele preparava uma exposição. Sua ideia era selecionar algo que discutisse a identidade cultural brasileira, utilizando objetos indígenas. Queria debater a brasilidade em contraponto à contemporaneidade. Inicialmente, pensou em contrapor ao indígena os equipamentos de informática: computadores, processadores de dados, monitores etc. Para isso, era necessário muito dinheiro e ele não tinha verba para bancar. "Cheguei quase automaticamente na iluminação como a forma de fazer esse contraponto: índio não tem luz artificial. Então, os representantes contemporâneos acabaram sendo objetos luminosos, abajures, luminárias", revela.

Há muito de filosofia e poesia na forma de o lighting designer  ver a vida e, consequentemente, nos traços do que projeta. Curioso, inconformado com argumentos pouco convincentes, afinado a ideias não-convencionais e extremamente criativo, Parschalk é um dos nomes mais reconhecidos no segmento de iluminação no Brasil. "Tem gente que olha e não vê", ele diz, por isso mais do que focado na luz em si, ele está atento ao quanto se percebe o que a luz tem para mostrar e transformar.  

Ele se define como o fuçador. "Somo coisas, vou explorando e pesquisando. Não quero ser um profissional marcado, apenas um instrumento da luminotécnica ou do design. Tanto que já estou começando a procurar outros caminhos, para alcançar novos territórios. Como venho das artes plásticas, sou muito mais explorador, misturado com cientista", diz. Perguntado sobre qual foi seu melhor projeto até hoje, ele, bem-humorado responde: "Nick, meu filho, porque a Cristina deu à luz".

Laura Resende, André Silva Jardim, Andressa Abdanur, Jarryer de Martino, José Roberto Geraldine Júnior e Luís Fernando Lopes também participaram do evento.

Rose Dutra/Uniube
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